As formas existentes do relevo são resultantes de diversas forças e agentes, os quais estão divididos em dois grupos: endógenos e exógenos. Os agentes endógenos, provenientes do interior da terra, são forças que influenciam a formação do relevo a partir da dinâmica que acontece no interior do planeta. Eventos que acontecem de dentro para fora da Terra são muito conhecidos e temidos pelo homem, dentre eles podemos citar os terremotos e o vulcanismo, decorrentes da tectônica de placas. Observe as imagens que retratam as consequências de terremotos e maremotos.
Os processos exógenos modificam as estruturas do relevo que encontram-se acima do nível das águas abaixo dele. Tais processos provêm, em sua maioria, da atmosfera e atingem diretamente a forma da superfície do planeta. Nesse contexto, o relevo é formado e transformado a partir de diferentes processos erosivos, como a ação dos ventos, das chuvas, do gelo e degelo, das águas dos mares e dos rios, além da ação dos animais (dentre eles o homem) e vegetais. Esses processos de erosão podem ser identificados na galeria de imagens a seguir:
Depois que os processos endógenos e exógenos forem identificados, juntamente com suas consequências, vamos compreender como esses processos formam e transformam as rochas. Para isso é necessário sabermos os tipos de rochas que compõem o relevo da crosta terrestre e que se dividem em três grupos: rochas magmáticas, rochas metamórficas e rochas sedimentares.
Rochas magmáticas
De uma forma geral, Lucci (2005) explica que as rochas magmáticas são originadas a partir da consolidação do magma proveniente do manto, podendo apresentar-se como extrusivas/vulcânicas (formadas na superfície) ou intrusivas/plutônicas (originadas no interior da terra).
Rochas sedimentares
As rochas sedimentares se formam a partir dos sedimentos desprendidos de outras rochas e/ou minerais. De acordo com sua origem, tais rochas podem ser detríticas (constituídas pela acumulação de fragmentos de outras rochas), químicas (provenientes de transformações químicas que alguns materiais em suspensão sofrem na água) e orgânicas (formadas pela ação de animais e vegetais ou pela acumulação de seus dejetos).
Rochas metamórficas
As rochas metamórficas resultam da transformação de rochas preexistentes, em condições de pressão e temperatura bastante elevadas. Nas imagens a seguir, podemos observar exemplos dos tipos de rochas: Para exemplificar e aprofundar o assunto, o professor ainda pode trabalhar dois vídeos interessantes produzidos pela TV Escola: Minerais e Rochas (Partes 1 e 2).
É importante a compreensão dessa divisão porque, somente ao identificarmos a formação rochosa de determinada região, podemos entender como o terreno se comporta e, consequentemente, como o sistema local acontece.
Minerais e Rochas (Parte 1).
Fonte: TV Escola. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=8zmTP_8w6Qs>. Acesso em: 15 jul. 2012.
Minerais e Rochas (Parte 1).
Fonte: TV Escola. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=8zmTP_8w6Qs>. Acesso em: 15 jul. 2012.
A partir dessa formação/transformação, os processos exógenos, através do intemperismo (físico e químico), atuam continuamente, modelando a estrutura e a forma das rochas. O intemperismo físico tem como característica a fragmentação e a desagregação das rochas, que ocorre por meio da variação da temperatura, aumento de pressão, expansão e fendilhamento. O intemperismo químico ocorre mediante a decomposição dos minerais, a qual é decorrente da ação da água, que provoca reações de oxidação e desagregação das rochas.
Exemplos que representam o intemperismo físico.
Fonte: <http://imagem.casadasciencias.org/ver_prem2014_fot.php?pagina=4&escolha=6>; <http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/pedologia/intemperismo/>. Acesso em: 17 mar. 2013.
Trabalho com música sempre é uma boa ideia. A música atrai a atenção e ajuda a fixar melhor o conteúdo, até porque o aluno termina se empenhando para gravar a letra e o ritmo da música proposta. Sugerimos as músicas da banda “Abalo sísmico e os modeladores de relevo”, bastante interessantes e explicativas.
Música: Olha o vulcão
Banda: Abalo sísmico e os modeladores de relevo
Letra e música: Wladimir Trevizani
Fonte: <http://abalosismico.wordpress.com/midias-2/>. Acesso em: 19 dez. 2014.
Música: Vai ter um terremoto sim
Banda: Abalo sísmico e os modeladores de relevo
Letra e música: Wladimir Trevizani
Fonte: <http://abalosismico.wordpress.com/midias-2/>. Acesso em: 19 dez. 2014.
Uma atividade possível é construir um Bingo do relevo. O professor pode construir um bingo com palavras que são trabalhadas no decorrer do conteúdo e, conforme as palavras forem sorteadas, uma pequena revisão pode ser feita. A seguir, sugerimos algumas palavras e o modelo da cartela que pode ser preenchida pelos alunos. É só pedir que eles escolham um número X de palavras dentre as que o professor colocar no quadro e as copiem na sua cartela com caneta. Depois de todos terem completado suas cartelas, o sorteio começa.
O bingo é um instrumento no momento que utilizamos como ponto de partida para, por exemplo, uma revisão geral da matéria que está sendo trabalhada, por isso pode ser pensado para se trabalhar diversos assuntos. A cada palavra sorteada pelo professor, uma pequena e rápida revisão pode ser induzida.
Outra maneira interessante de construir o bingo é a utilização de perguntas: o professor já elabora as perguntas visando às palavras como resposta, e somente baterá o aluno que souber as respostas e tiver todas as respostas na sua cartela. O procedimento de escolha das palavras/respostas pode ser o mesmo, e o objetivo continua sendo a revisão do conteúdo.
PLANALTO |
MAGMÁTICAS |
OROGÊNESE |
DEPRESSÃO |
SEDIMENTARES |
EPIROGÊNESE |
PLANÍCIE |
METAMÓRFICAS |
CENOZOICO |
SERRAS |
TERREMOTO |
MESOZOICO |
ESCUDO CRISTALINO |
MAREMOTO |
CINTURÃO DE FOGO |
ENCOSTA |
TSUNAMIS |
GEOMORFOLOGIA |
PENHASCO |
ISOSTASIA |
ALTITUDE |
EROSÃO |
CORDILHEIRAS |
DECLIVE |
INTEMPERISMO |
DORSAIS OCEÂNICAS |
DESGASTE |
VENTO |
FALHAS |
TRANSPORTE |
CHUVA |
DOBRAMENTOS |
ACUMULAÇÃO |
VULCÃO |
AFLORAMENTO |
PLANÍCIE DE AGRADAÇÃO |
MAGMA |
EXTRUSIVAS |
SOLOS |
PLACA TECTÔNICA |
PLUTÔNICAS |
HOT SPOT |
MANTO |
DERIVA CONTINENTAL |
PICO DO CABUGI |
NÚCLEO |
PANGEIA |
HIMALAIA |
CROSTA |
ERA GEOLÓGICA |
ANDES |
SUPERFÍCIE TERRESTRE |
CONVERGÊNCIA |
ALPES |
DUNAS |
DIVERGÊNCIA |
PANTANAL |
VOÇOROCA |
TRANSFORMANTES |
GRAND CANYON |
LITOSFERA |
SUBDUCÇÃO |
FALHA DE SANTO ANDRÉ |
ASTENOSFERA |
OBDUCÇÃO |
VALE DO RIFT |
CONVECÇÃO ASCENDENTE |
ESCALA RICHTER |
ABRASÃO MARINHA |
ROCHAS |
Modelo da cartela do bingo
As maquetes podem ser trabalhadas de inúmeras formas com os alunos. A maneira mais simples é tentar mostrar as formas de relevo com o material que preferir, fazendo os planaltos com argila ou com papel amassado, o que os deixa mais leves. Para a depressão, pode-se cavar uma base de isopor, e para a planície pode se deixar o isopor como estava. No vídeo de Edileni Meireles, por exemplo, são usados materiais diferentes.
Trabalhando com curvas de nível
Podemos, ainda, trabalhar com maquetes a partir das curvas de nível. O professor pega um desenho simples de curva de nível, como no exemplo, e constrói a maquete partindo dela, explicando durante todo o processo de construção como o relevo se forma, o que representa cada curva de nível, quais são as partes mais baixas do relevo, onde nascem os rios, os pontos mais altos, podendo trabalhar com os alunos os conteúdos abordados nesta aula: as diferentes formas do relevo, os processos de intemperismo etc.
Materiais necessários:
Para construir a maquete (simples) em sala com os alunos, o professor vai precisar solicitar a cada aluno ou grupo de alunos que tragam:
Dicas de como desenvolver tal atividade:
O trabalho com a construção de maquetes traz muitos resultados, porque os alunos sempre se interessam e se empenham para fazer a melhor maquete. Em alguns casos, podemos aproveitar e levar os trabalhos para exposição na escola, como forma de incentivo e apresentação de resultados.
Vídeo de Edileni Meireles, com exemplo de confecção de uma maquete.
Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=SbrgWq6Qqqc>. Acesso em: 7 jan. 2015.
Indicação de site: <http://cartografiaescolar.wordpress.com/maquete/>.
Através deste link, é possível ver a construção de maquetes a partir de mapas com curvas de nível em um passo a passo.
Outra metodologia sempre interessante e possível é trabalhar com imagens, charges, figuras que tratem sobre alguma notícia vinculada com o tema estudado. Sugerimos algumas charges, mas na internet há várias outras possibilidades.
A partir dessas charges o professor pode trabalhar desde a dinâmica interna da Terra até assuntos sociais que envolvam as questões econômicas do mundo moderno capitalista. Uma boa sugestão é que a turma busque mais informações sobre como está a situação no Japão depois do que aconteceu em 2011 e o acidente nuclear que foi “abafado”. O professor tem a liberdade de tratar sobre questões importantes, tais como: quais as consequências um terremoto provoca na economia, saúde, rede de ensino, sistema de transporte, fornecimento de água, luz etc.? Como as pessoas que perderam suas casas estão vivendo?