/ Relevo

Endógeno

As formas existentes do relevo são resultantes de diversas forças e agentes, os quais estão divididos em dois grupos: endógenos e exógenos. Os agentes endógenos, provenientes do interior da terra, são forças que influenciam a formação do relevo a partir da dinâmica que acontece no interior do planeta. Eventos que acontecem de dentro para fora da Terra são muito conhecidos e temidos pelo homem, dentre eles podemos citar os terremotos e o vulcanismo, decorrentes da tectônica de placas. Observe as imagens que retratam as consequências de terremotos e maremotos.

Imagens de cidades/regiões destruídas por terremotos e maremotos.
Fonte: <http://blogs.estadao.com.br/olhar-sobre-o-mundo/terremoto-no-japao/>; <http://www.legoengineering.com/real-world-engineering-using-the-nxt-for-earthquake-simulation/>; <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Shih_Gang_Earthquake.JPG>; <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Chuetsu_earthquake-myouken2.jpg>;
Acesso em: 31 ago. 2013.

Exógeno

Os processos exógenos modificam as estruturas do relevo que encontram-se acima do nível das águas abaixo dele. Tais processos provêm, em sua maioria, da atmosfera e atingem diretamente a forma da superfície do planeta. Nesse contexto, o relevo é formado e transformado a partir de diferentes processos erosivos, como a ação dos ventos, das chuvas, do gelo e degelo, das águas dos mares e dos rios, além da ação dos animais (dentre eles o homem) e vegetais. Esses processos de erosão podem ser identificados na galeria de imagens a seguir:

Rocha

  • Depois que os processos endógenos e exógenos forem identificados, juntamente com suas consequências, vamos compreender como esses processos formam e transformam as rochas. Para isso é necessário sabermos os tipos de rochas que compõem o relevo da crosta terrestre e que se dividem em três grupos: rochas magmáticas, rochas metamórficas e rochas sedimentares.

    Rochas magmáticas

    De uma forma geral, Lucci (2005) explica que as rochas magmáticas são originadas a partir da consolidação do magma proveniente do manto, podendo apresentar-se como extrusivas/vulcânicas (formadas na superfície) ou intrusivas/plutônicas (originadas no interior da terra).

  • Rochas sedimentares

    As rochas sedimentares se formam a partir dos sedimentos desprendidos de outras rochas e/ou minerais. De acordo com sua origem, tais rochas podem ser detríticas (constituídas pela acumulação de fragmentos de outras rochas), químicas (provenientes de transformações químicas que alguns materiais em suspensão sofrem na água) e orgânicas (formadas pela ação de animais e vegetais ou pela acumulação de seus dejetos).

  • Rochas metamórficas

    As rochas metamórficas resultam da transformação de rochas preexistentes, em condições de pressão e temperatura bastante elevadas. Nas imagens a seguir, podemos observar exemplos dos tipos de rochas: Para exemplificar e aprofundar o assunto, o professor ainda pode trabalhar dois vídeos interessantes produzidos pela TV Escola: Minerais e Rochas (Partes 1 e 2).

    É importante a compreensão dessa divisão porque, somente ao identificarmos a formação rochosa de determinada região, podemos entender como o terreno se comporta e, consequentemente, como o sistema local acontece.

    Representações de ocorrência de rochas e terrenos metamórficos.
    Fonte: <http://maisbiogeologia.blogspot.com.br/2009/04/metamorfismo-rochas-metamorficas.html>; Foto de Philip Radyn. Disponível em: <http://www.panoramio.com/photo/73189658>; <http://pt.wikipedia.org/wiki/Quartzo>;
    Acesso em: 16 ago. 2013.
  • Minerais e Rochas (Parte 1).
    Fonte: TV Escola. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=8zmTP_8w6Qs>. Acesso em: 15 jul. 2012.

    Minerais e Rochas (Parte 1).
    Fonte: TV Escola. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=8zmTP_8w6Qs>. Acesso em: 15 jul. 2012.

Intemperismo

Formas de relevo

Música

Trabalho com música sempre é uma boa ideia. A música atrai a atenção e ajuda a fixar melhor o conteúdo, até porque o aluno termina se empenhando para gravar a letra e o ritmo da música proposta. Sugerimos as músicas da banda “Abalo sísmico e os modeladores de relevo”, bastante interessantes e explicativas.


Música: Olha o vulcão
Banda: Abalo sísmico e os modeladores de relevo
Letra e música: Wladimir Trevizani
Fonte: <http://abalosismico.wordpress.com/midias-2/>. Acesso em: 19 dez. 2014.

Música: Vai ter um terremoto sim
Banda: Abalo sísmico e os modeladores de relevo
Letra e música: Wladimir Trevizani
Fonte: <http://abalosismico.wordpress.com/midias-2/>. Acesso em: 19 dez. 2014.

Bingo

  • Uma atividade possível é construir um Bingo do relevo. O professor pode construir um bingo com palavras que são trabalhadas no decorrer do conteúdo e, conforme as palavras forem sorteadas, uma pequena revisão pode ser feita. A seguir, sugerimos algumas palavras e o modelo da cartela que pode ser preenchida pelos alunos. É só pedir que eles escolham um número X de palavras dentre as que o professor colocar no quadro e as copiem na sua cartela com caneta. Depois de todos terem completado suas cartelas, o sorteio começa.

    O bingo é um instrumento no momento que utilizamos como ponto de partida para, por exemplo, uma revisão geral da matéria que está sendo trabalhada, por isso pode ser pensado para se trabalhar diversos assuntos. A cada palavra sorteada pelo professor, uma pequena e rápida revisão pode ser induzida.

    Outra maneira interessante de construir o bingo é a utilização de perguntas: o professor já elabora as perguntas visando às palavras como resposta, e somente baterá o aluno que souber as respostas e tiver todas as respostas na sua cartela. O procedimento de escolha das palavras/respostas pode ser o mesmo, e o objetivo continua sendo a revisão do conteúdo.

    PLANALTO

    MAGMÁTICAS

    OROGÊNESE

    DEPRESSÃO

    SEDIMENTARES

    EPIROGÊNESE

    PLANÍCIE

    METAMÓRFICAS

    CENOZOICO

    SERRAS

    TERREMOTO

    MESOZOICO

    ESCUDO CRISTALINO

    MAREMOTO

    CINTURÃO DE FOGO

    ENCOSTA

    TSUNAMIS

    GEOMORFOLOGIA

    PENHASCO

    ISOSTASIA

    ALTITUDE

    EROSÃO

    CORDILHEIRAS

    DECLIVE

    INTEMPERISMO

    DORSAIS OCEÂNICAS

    DESGASTE

    VENTO

    FALHAS

    TRANSPORTE

    CHUVA

    DOBRAMENTOS

    ACUMULAÇÃO

    VULCÃO

    AFLORAMENTO

    PLANÍCIE DE AGRADAÇÃO

    MAGMA

    EXTRUSIVAS

    SOLOS

    PLACA TECTÔNICA

    PLUTÔNICAS

    HOT SPOT

    MANTO

    DERIVA CONTINENTAL

    PICO DO CABUGI

    NÚCLEO

    PANGEIA

    HIMALAIA

    CROSTA

    ERA GEOLÓGICA

    ANDES

    SUPERFÍCIE TERRESTRE

    CONVERGÊNCIA

    ALPES

    DUNAS

    DIVERGÊNCIA

    PANTANAL

    VOÇOROCA

    TRANSFORMANTES

    GRAND CANYON

    LITOSFERA

    SUBDUCÇÃO

    FALHA DE SANTO ANDRÉ

    ASTENOSFERA

    OBDUCÇÃO

    VALE DO RIFT

    CONVECÇÃO ASCENDENTE

    ESCALA RICHTER

    ABRASÃO MARINHA

    ROCHAS

  • Modelo da cartela do bingo

Maquete

  • As maquetes podem ser trabalhadas de inúmeras formas com os alunos. A maneira mais simples é tentar mostrar as formas de relevo com o material que preferir, fazendo os planaltos com argila ou com papel amassado, o que os deixa mais leves. Para a depressão, pode-se cavar uma base de isopor, e para a planície pode se deixar o isopor como estava. No vídeo de Edileni Meireles, por exemplo, são usados materiais diferentes.

    Trabalhando com curvas de nível

    Podemos, ainda, trabalhar com maquetes a partir das curvas de nível. O professor pega um desenho simples de curva de nível, como no exemplo, e constrói a maquete partindo dela, explicando durante todo o processo de construção como o relevo se forma, o que representa cada curva de nível, quais são as partes mais baixas do relevo, onde nascem os rios, os pontos mais altos, podendo trabalhar com os alunos os conteúdos abordados nesta aula: as diferentes formas do relevo, os processos de intemperismo etc.

    Materiais necessários:

    Para construir a maquete (simples) em sala com os alunos, o professor vai precisar solicitar a cada aluno ou grupo de alunos que tragam:

    • - isopor (folha de mais ou menos 10 cm)
    • - cola de isopor
    • - tinta guache (verde, marrom, azul e branca)
    • - um pouco de massa corrida
    • - lixa d’água
    • - tesoura
    • - estilete
    • - caneta
  • Dicas de como desenvolver tal atividade:

    1. Normalmente o professor leva o mapa contendo as curvas de nível impresso e distribui entre os alunos. Disponibilizamos aqui um modelo.
    2. Depois de explicar o que representa a curva de nível, é hora de começar a montar a maquete. Os alunos vão separar o isopor em duas partes: uma parte servirá de base e a outra (que sobrar), pode ser utilizada para desenhar as curvas de nível.
    3. Na próxima etapa, eles devem cortar as curvas de nível.
    4. Depois disso, devem colar cada parte de acordo com o mapa proposto, ou seja, vão cortar as curvas que estão no isopor e começar a montá-las na base.
    5. Logo, eles verão as montanhas se formando, e depois de todas as curvas montadas e coladas, é preciso lixar as montanhas para deixar o mais próximo possível de um relevo desgastado.
    6. Em seguida, colocamos uma fina camada de massa corrida para dar um acabamento melhor.
    7. Esperamos a massa enxugar para pintar, orientando ao aluno que a base da montanha tem vegetação, mais abaixo corre o rio etc.
    8. Como complemento da maquete, sugerem-se algumas orientações: inserir vegetação, a rede de drenagem indicando a nascente e a foz, prováveis pontos de ocupação humana, identificando áreas que apresentam maior ou menor fragilidade em relação a riscos, entre outros.

    O trabalho com a construção de maquetes traz muitos resultados, porque os alunos sempre se interessam e se empenham para fazer a melhor maquete. Em alguns casos, podemos aproveitar e levar os trabalhos para exposição na escola, como forma de incentivo e apresentação de resultados.

    Vídeo de Edileni Meireles, com exemplo de confecção de uma maquete.
    Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=SbrgWq6Qqqc>. Acesso em: 7 jan. 2015.

    Modelo de mapa de curvas de nível a ser impresso e distribuído entre os alunos.
    Representação de um perfil topográfico em curvas de nível.
    Exemplo de evolução da confecção da maquete: camadas de isopor coladas, acabamento com massa corrida e pintura.
    Disponível em: <http://cartografiaescolar.wordpress.com/maquete/>. Acesso em: 19 dez. 2014.

    Indicação de site: <http://cartografiaescolar.wordpress.com/maquete/>.

    Através deste link, é possível ver a construção de maquetes a partir de mapas com curvas de nível em um passo a passo.

Charge

  • Outra metodologia sempre interessante e possível é trabalhar com imagens, charges, figuras que tratem sobre alguma notícia vinculada com o tema estudado. Sugerimos algumas charges, mas na internet há várias outras possibilidades.

    A partir dessas charges o professor pode trabalhar desde a dinâmica interna da Terra até assuntos sociais que envolvam as questões econômicas do mundo moderno capitalista. Uma boa sugestão é que a turma busque mais informações sobre como está a situação no Japão depois do que aconteceu em 2011 e o acidente nuclear que foi “abafado”. O professor tem a liberdade de tratar sobre questões importantes, tais como: quais as consequências um terremoto provoca na economia, saúde, rede de ensino, sistema de transporte, fornecimento de água, luz etc.? Como as pessoas que perderam suas casas estão vivendo?

  • Disponível em: <http://paduacampos.com.br/2012/category/humor/page/99/>. Acesso em: 20 jan. 2013.
  • Disponível em: <: http://www.materiaincognita.com.br/usinas-nucleares-do-japao-foram-construidas-sobre-falhas-geologicas/#axzz2JnAHkrxq>. Acesso em: 20 jan. 2013.