/ Clima

Dinâmica atmosférica

  • A dinâmica atmosférica do planeta Terra é extremamente complexa, sendo influenciada por uma grande quantidade de fatores, tais como: latitude, altitude, continentalidade e maritimidade, correntes marítimas, entre outros. Esses fatores são determinantes no modo de viver dos habitantes de cada cidade, pois condicionam o tipo de vestimenta, os hábitos de trabalho diurno e noturno, o tipo de alimentação e também o humor das pessoas. Isso ocorre porque essas condicionantes interferem nas condições do tempo, podendo esse variar, dependendo da estação do ano, de muito frio a muito quente, de ensolarado a chuvoso, ou, ainda, ao longo do mesmo dia, tendo oscilações bem significativas com sol, nublado e chuva no mesmo período do dia.

    Nesse sentido, uma atividade interessante pode ser uma análise detalhada a respeito desses fatores. Para isso, sugerimos sete climogramas de diferentes locais do Brasil. Neles, é possível notar que há uma variação muito grande de cidade para cidade no que diz respeito à distribuição de chuva ao longo do ano, as mínimas e máximas térmicas que variam conforme a época do ano, a latitude, a altitude etc.

    De acordo com os climogramas a seguir, e por meio de uma pesquisa na internet orientada pelo professor, o aluno pode ser instruído a preencher o modelo de quadro a seguir com os dados de cada cidade e construir uma explicação lógica para justificar as diferenças existentes entre os elementos climáticos e a variação do tempo em diferentes áreas do planeta.

  • Garanhuns (PE)
    Fonte: INMET/CFS/Interpolação.
  • Sobral (CE)
    Fonte: INMET/CFS/Interpolação.
  • Brasília (DF)
    Fonte: INMET/CFS/Interpolação.
  • Caicó (RN)
    Fonte: INMET/CFS/Interpolação.
  • Barra do Quaraí (RS)
    Fonte: INMET/CFS/Interpolação.
  • São Paulo (SP)
    Fonte: INMET/CFS/Interpolação.
  • Cidelândia (MA)
    Fonte: INMET/CFS/Interpolação.

Aquecimento global

  • Vivemos um momento em que levar em consideração os fatores climáticos e monitorar os elementos climatológicos é de grande relevância para nosso melhor convívio diariamente. Assim, um bom exemplo a ser dado é em relação ao monitoramento dos ventos, que tem se tornado cada vez mais relevante à medida que a ação dos seus fenômenos como tornados e furacões tem gerado grandes danos ao patrimônio público e privado. Nesse contexto, o estudo do meio ambiente torna-se importante, pois toda alteração na dinâmica da natureza traz consequências para a vida do homem no planeta Terra.

    Segundo Ribeiro (2010), as questões relacionadas ao meio ambiente são fundamentais à existência humana, pois é da natureza que provém a base material de reprodução das diversas formas de vida, ou seja, é do ambiente que são extraídos os recursos para a produção de abrigo, alimento, artefatos técnicos, vestuário, entre outras coisas necessárias à manutenção da vida. Por isso, a temática ambiental tem se tornado o carro-chefe das discussões atuais.

    Nesse sentido, é necessário que o professor aborde a questão ambiental em sala de aula, tomando como referencial a realidade atual. Como a temática Clima engloba a discussão sobre o aquecimento global, é interessante que o aluno tenha acesso às informações e discuta, juntamente com seu professor, questões que envolvam essa temática desde o cenário local até o cenário mundial. Dessa maneira, propomos a abordagem objetiva e imparcial das duas teorias mais difundidas sobre o aquecimento global. Sendo assim, sugere-se que você, nos seus estágios supervisionados, e como futuro docente, apresente as duas teorias para seus alunos.

  • Teoria ambientalista (catastrofista)

    A teoria mais aceita sobre os problemas ambientais na atualidade, que tem como foco o aquecimento do planeta, é a ambientalista (catastrofista), que explica o aumento da temperatura média do planeta como uma consequência da degradação desenfreada do meio ambiente promovida pela humanidade.

    Essa teoria tem sua efetivação/adesão em nível mundial com a Conferência Rio-92, quando vários segmentos sociais do mundo reúnem-se para discutir sobre o futuro do planeta. Embora alguns cientistas tenham detectado que a destruição da natureza estava atingindo níveis limítrofes algumas décadas antes da Rio-92, somente nas últimas décadas a sociedade global tem discutido sobre os efeitos dessa devastação.

    A teoria ambientalista, difundida por todo o mundo e a mais defendida por boa parte da comunidade científica, apoia-se no aumento do efeito estufa, provocado pela crescente poluição e emissão de gases provenientes da queima de combustíveis fósseis e a crescente devastação das florestas e diversos biomas ao redor do mundo. A referida teoria tornou-se o principal foco do mundo capitalista moderno quando disseminou a ideia de uma necessária e urgente preservação a fim de impedir uma destruição completa dos meios de produção, dando origem ao termo sustentabilidade.

    A sustentabilidade é uma ideologia que defende a gestão/gerência da utilização dos recursos naturais mediante a produção destinada ao consumo, unindo preservação dos recursos naturais para as gerações futuras, produção e crescimento econômico.

  • Já a definição, aceita e adotada por grande parte do mundo, sobre desenvolvimento sustentável, diz que precisamos promover o desenvolvimento sendo capazes de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das gerações futuras (definição disponível em: “http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/” ). Para que aconteça a sustentabilidade, é preciso que a sociedade alie crescimento e desenvolvimento à preservação dos recursos naturais, isso explica o tripé que sustenta tal ideologia (figura a seguir).

    O desenvolvimento sustentável é um tema muito abordado na mídia e aceito pela maior parte da sociedade, por isso muito defendido como ideologia de vida em meio ao nosso sistema econômico voltado para o consumo em massa. No entanto, o consenso entre a comunidade científica é que o aquecimento global existe e está modificando a dinâmica natural do planeta. Todavia, há uma parcela da sociedade que levanta e defende outra teoria, a qual vai de encontro à teoria dos ambientalistas.

  • Teoria naturalista

    A outra teoria é a naturalista, que defende a ideia de que o aquecimento global é um processo natural do próprio planeta, portanto, não pode estar relacionado com a degradação ambiental ou a emissão de poluentes na atmosfera. Nesse sentido, alguns estudiosos explicam que, naturalmente, as erupções solares passam por períodos de maior intensidade, interferindo diretamente na dinâmica climática da Terra, e por vezes iniciando períodos glaciais.

    Dois cientistas que estudam a teoria naturalista são os professores Ricardo Augusto Felício, da Universidade de São Paulo, e Luís Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas. Ambos afirmam que o aquecimento global causado pelo homem nunca existiu, o que existe é um interesse econômico do capitalismo para vender mais, usando o desenvolvimento sustentável como um aliado para uma nova forma de imperialismo político e econômico.

    • Palestra do Prof. Ricardo Augusto Felício, no evento Mudanças climáticas contra as certezas: pelo debate científico, realizada por meio do Departamento de Geografia da USP, em 24 de novembro de 2010. O Prof. Ricardo é um defensor da teoria naturalista.
      Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=v_jge0NCI7s>. Acesso em: 11 set. 2014.

    • Prof. Luiz Carlos Molion é entrevistado no Programa 3 a 1, da TV Brasil, sobre a “farsa do aquecimento global”.
      Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pjFc2EwXzZo>. Acesso em: 11 set. 2014.

  • Assim, sugere-se que as duas teorias devem ser apresentadas ao aluno, a fim de que ele possa construir seu conhecimento. Quanto ao posicionamento em relação às duas teorias, podemos deixar o aluno livre para pesquisar, estudar e escolher a que melhor explica os acontecimentos climáticos da atualidade e suas consequências para a vida humana.

Fenômenos climáticos

  • O aquecimento do planeta, ocasionado pelas alterações do efeito estufa, interfere diretamente na ocorrência e dinâmica dos eventos climáticos. Dessa forma, tempestades, ciclones, tornados, furacões, transformam-se em fenômenos mais frequentes e com maior poder destrutivo, principalmente quando acontecem em espaço intensamente habitados.

    Nas últimas duas décadas, alguns estudos sobre alterações climáticas vêm perturbando o pensamento de muitos cientistas. Eventos como ciclones, furacões e tornados, tornam-se cada vez mais frequentes e têm sido monitorados em diversas áreas do planeta, inclusive em regiões que antes não eram rotas desses fenômenos. Todavia, são fenômenos naturais que se formam por processos atmosféricos e mostram parte da dinâmica da circulação climática. Vamos entender melhor tais fenômenos.

  • Furacões

    O furacão é uma tempestade ciclônica (mede de 200 a 400 km de diâmetro) que apresenta ventos muito fortes (acima de 199 km/h), os quais se formam nos oceanos e entre as regiões tropicais. Essas tempestades são formadas por uma espécie de espiral, que é parecido com um buraco no meio do furacão por onde o ar frio desce, e as paredes desse espiral são formadas pelo ar quente em constante estado de circulação. Os furacões recebem o nome de tufão em parte do hemisfério oriental.

    Imagem de satélite mostrando um furacão se aproximando do litoral.
    Fonte: Adaptado de <http://1.bp.blogspot.com/-2XIFxoZxoT0/T0VYqbZ54kI/AAAAAAAAAb4/VhmDArkgPvU/s1600/furacao.jpg>;
    Localização provável e dimensões dos furacões
    Fonte: Adaptado de <http://p3.trrsf.com.br/image/fget/cf/770/0/images.terra.com/2013/04/22/pt-001gr150970.jpg>;
    Acesso em: 31 ago. 2013.
  • Tornado

    Apesar de também ser uma tempestade ciclônica, o tornado pode se formar sobre a terra ou sobre o mar, mas na maior parte das vezes é formado sobre o continente, produzindo ventos fortes, apresentando-se como uma coluna móvel afunilada, caracterizada pela rápida ascensão do ar quente e úmido de baixa altitude.

  • Palestra do Prof. Ricardo Augusto Felício, no evento Mudanças climáticas contra as certezas: pelo debate científico, realizada por meio do Departamento de Geografia da USP, em 24 de novembro de 2010. O Prof. Ricardo é um defensor da teoria naturalista. De acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, as trombas d’água são espécies de tornados que ocorrem sobre as águas, embora alguns pesquisadores distingam trombas d’águas comuns daquelas que são classificadas como tornádicas. A seguir, temos um exemplo de uma tromba d’água filmada na Via Costeira, em Natal/RN.
    Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=m2Bg7_Rizf8>. Acesso em: 11 set. 2014.



  • Ciclone

    O ciclone é outro exemplo de tempestade muito agressiva e temida, comum em algumas regiões do planeta. Tal fenômeno ocorre numa área de depressão ou centro de baixa pressão, na qual o ar quente sobe e forma nuvens e precipitação. Pode ocorrer em regiões tropicais ou subtropicais, quando os ventos superam os 50 km por hora. O ciclone pode variar desde uma simples perturbação ou tênue circulação dos ventos, até um forte furação.



    Diferença entre furacão, tufão e ciclone tropical.
    Fonte: Vídeo elaborado pelo Portal Climatempo. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=B2zSWZGJTdc>.
    Acesso em: 11 set. 2014.

  • As tempestades citadas são as principais, mas cabe ressaltar que a circulação atmosférica é responsável por toda e qualquer movimentação e possíveis ocorrências de ventos, chuvas e demais tipos de precipitação. Atualmente, esses eventos são muito veiculados na mídia porque uma simples chuva mais forte, por exemplo, já causa estragos nas cidades e, consequentemente, provoca inúmeros transtornos e prejuízos no nosso cotidiano.

    Tais fenômenos climáticos estão muito relacionados com as catástrofes do mundo globalizado e superpovoado. Por isso a preocupação constante com o aquecimento global, pois, segundo a teoria ambientalista discutida nesta aula, ele provoca mudanças e uma inconstância muito grande na circulação atmosférica do planeta.

Consequências

  • Vamos imaginar áreas em que os fenômenos climáticos descritos ocorram e cuja ocupação populacional seja bastante significativa. Podemos concluir que os impactos desses eventos seriam potencializados, por isso cabe destacar algumas questões de grande relevância para nossa reflexão: Quem nunca ouviu ou vivenciou uma grande enchente? E um período de seca intensa? Deslizamentos de terras? E ainda os problemas que a mídia apresenta diariamente, como destruições causadas por furacões, tornados. Tais eventos, segundo a teoria ambientalista, seriam influenciados pelas diferentes ações e intervenções humanas, tanto na poluição antrópica, degradação dos rios e oceanos, como no uso e na ocupação desordenada do solo.

  • Enchentes

    Todas as vezes que acontece uma enchente, suas consequências resultam geralmente em destruição e prejuízos, tanto ao patrimônio público como ao privado. As enchentes acontecem todas as vezes que um espaço (cidade) não é capaz de comportar a quantidade de água proveniente da chuva em um determinado período de tempo, assim, a água transborda pelos bueiros, ultrapassa o leito dos rios, invade casas e promove caos. Alguns exemplos podem ser identificados nas figuras a seguir.

  • Deslizamentos de terra

    E os deslizamentos de terra? A ocupação desordenada e sem planejamento de encostas, aliada à saturação de água no solo, e a retirada da vegetação, criam um ambiente propício para o encharcamento e consequente deslizamento do solo depois de um período de chuva intensa. Esse evento causa muita destruição e mortes porque acontece muito rápido e, com grande força, destrói tudo por onde passa. Todos os anos acontecem vários deslizamentos no Brasil, em regiões de encostas, provocando mortes e destruição.

  • Desertificação

    Outro fenômeno que tem se agravado com o aquecimento do planeta é a transformação de algumas áreas em desertos, a desertificação, numa velocidade acelerada. Isso ocorre principalmente em regiões áridas e semiáridas onde estão presentes algumas áreas extremamente frágeis e suscetíveis a mudanças.

    Imagens de áreas em período de seca intensa, que sofrem com a desertificação.

  • Calotas polares em degelo.

    Degelo das calotas polares

    A transformação de alguns locais áridos em desertos nos remete a outras áreas que também sofrem transformações, mas apresentam características diferentes das citadas: as calotas polares. O gelo dos polos está derretendo a cada ano, e a situação piora no verão. Para alguns cientistas ambientalistas, essa é a causa do aumento no nível dos oceanos, para os cientistas que defendem a teoria naturalista, essa redução das calotas faz parte de um ciclo de perdas naturais.

  • Furacões e tornados

    Em muitas regiões do planeta, a cada mudança de estação, temos as catástrofes provenientes da ocorrência de furacões e tornados. Essas tempestades, que formam-se rapidamente, chegam produzindo muita destruição e matando muitas pessoas.

    Tais problemas devem ser trabalhados em seu contexto. Esses conteúdos são muito ricos e despertam o interesse dos alunos, uma vez que os impactos no ambiente provocam alterações em todos os setores de uma cidade e, muitas vezes, afetam os fluxos de um país. Nesse sentido, dois exemplos internacionais que podem ser explorados são os eventos ocorridos no Japão em 2011, com o tsunami, e as consequências da sequência de furacões ocorridos nos EUA em 2013.

    No Brasil, um bom exemplo desse tipo de catástrofe é o furacão Catarina, que, em 2004, atingiu os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul com ventos de mais de 150 km/h. Veja detalhes sobre o acontecimento no vídeo a seguir, produzido pelo portal Climatempo.

    Imagem da destruição do tsunami que atingiu o Japão, em 2011, e dos estragos provocados pelo furacão Katrina, em Nova Orleans (EUA).

  • Animação que retrata o tsunami de Samoa, em 2009. Fonte: Elaborado pelo NOAA Pacific Marine Environmental Laboratory and Center for Tsunami Research.
    Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Tsunami>. Acesso em: 11 set. 2014.

  • “Aquilo era um furacão: Catarina 10 anos - 2004/2014”, vídeo produzido por Lívia Fernanda para o portal Climatempo.
    Fonte: Climatempo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pZ2Tn4qljws>

Pesquisa: tornado de fogo

Uma boa fonte para trabalharmos em sala de aula é a pesquisa, e quanto mais instigante o assunto, melhor. Quando abordamos o conteúdo referente a tornados, podemos incluir os tornados de fogo. Um tornado de fogo é um evento normalmente causado pelos ventos fortes e secos que provocam os incêndios naturais, todavia, esses eventos têm se tornado mais constantes nas proximidades de locais habitados, o que tem preocupado as populações locais.

Nesse sentido, a atividade teria como proposta a pesquisa sobre como se formam esses tornados, onde eles acontecem, qual a frequência, qual seu poder de destruição, se eles estão ocorrendo mais frequentemente, e se isso tem relação com as mudanças climáticas. Os alunos podem fazer trabalhos escritos para entregar, mas seria interessante dividir os questionamentos entre grupos e solicitar a apresentação em sala de aula, buscando uma discussão mais aprofundada sobre a própria mudança da dinâmica climática e quais as suas consequências mais visíveis no nosso cotidiano.

Tornado de fogo em Araçatuba, São Paulo.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8igzgqOb4os>. Acesso em: 11 set. 2014.

Debate

Os debates em sala de aula são uma boa maneira de estimular a argumentação, o respeito à opinião do próximo e o incremento do vocabulário, além de possibilitarem a abordagem de temas atuais. Seguem alguns exemplos de como isso pode ser feito:

Filme

  • Um filme interessante, que pode ser trabalhado com alunos de qualquer idade e nível escolar, é “Wall-E”. Esse filme trata da temática ambiental e o professor pode abordar qualquer aspecto que chame a atenção da turma. A seguir, temos o resumo do filme e algumas questões propostas.

    Atividade do filme “Wall-E”

    Imagem promocional do filme Wall-E, da Disney/PIXAR.
    Fonte: <http://img2.wikia.nocookie.net/__cb20120514061438/disney/images/thumb/6/66/Wall-e_2.jpg/333px-Wall-e_2.jpg>
  • O filme “Wall-E” aborda vários aspectos interessantes sobre o meio ambiente. A história se inicia no ano de 2700, tendo como cenário principal o nosso planeta, praticamente desabitado. Ele se apresenta como um grande depósito de lixo, no qual o personagem principal do filme, “Wall-E” (Waste Allocation Load Lifters – Earth – Levantador de Carga para Alocação de Lixo – Classe Terra), trabalha, sozinho, para compactar e organizar todo esse entulho, uma vez que seus companheiros de profissão já se encontram estragados. Assim, ele e sua barata de estimação são os únicos habitantes daquele planeta cinzento.

    “Wall- E”, assim como outros robôs, foram enviados para a Terra pela empresa BNL para executar esse serviço. Enquanto isso, os seres humanos se protegem de toda a toxidez de nosso planeta na estação espacial Axiom. O plano era que ficassem somente por cinco anos ali, esperando a conclusão de tal trabalho para retornarem ao nosso planeta, mas acabam ficando por aproximadamente 700 anos. Para verificar se a Terra já está habitável, a empresa envia robôs para lá, sendo um deles a Eva (Examinadora de Vegetação Alienígena), que se apaixonará pelo personagem principal (e vice-versa).

    Percebemos, ao longo do filme, que os seres humanos que estão a bordo da estação espacial estão tão acomodados que são incapazes de se levantar sozinhos, ou de se locomover sem o auxílio de aparelhos especiais para tal. Bastante rechonchudos, gastam seu tempo basicamente comendo, fazendo com que os robôs executem seus desejos mais banais. Além disso, vivem envoltos por uma tela que projeta imagens, deixando-os tão passivos que se tornam incapazes de reconhecer e analisar o mundo à sua volta – e também de se relacionar com as outras pessoas. Seus antepassados foram incapazes de lutar pelo planeta, deixando-o para trás, cheio de lixo, para continuarem suas vidas preguiçosas.

    Fonte: Resumo retirado de <http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/o-filme-walle.htm.

  • Questões sobre o filme

    1. Qual é o tema principal do filme?
    2. No início, Eva era programada apenas para seguir um comando vindo da nave espacial. Mas “Wall- E” muda esse comando, qual é o seu novo comando?
    3. Na sua opinião, o que houve com a espécie humana a bordo da nave espacial?
    4. “Wall- E” era um robô extremamente solitário no planeta, tendo apenas uma baratinha como amiga. Por que essa baratinha “sobreviveu” a tudo que aconteceu com ela?
    5. “Wall- E” assistia a um vídeo onde os humanos faziam algo simples, e o sonho do robozinho era repetir esse ato. Que ato era esse?
    6. Por que no planeta Terra do filme não havia vida?
    7. O que podemos fazer para evitar um futuro como o mostrado no filme?

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